É muito provável você já ouviu falar sobre os arquétipos de marca que podem ser aplicados em sua empresa, certo? Quando são coerentes, acima de tudo, com a sua essência e valores, os arquétipos de marca podem ser utilizados na criação de campanhas, slogans, logotipos e até mesmo nos produtos que a empresa oferece.
Aqui na Loopa, usamos essa ferramenta no planejamento inicial de cada cliente, por isso, resolvemos falar sobre a importância dela nesse artigo. Primeiramente, é importante lembrar que o termo pode ser explicado pelos mais diversos campos da Filosofia e Psicologia, mas aqui vamos nos ater ao conceito de Carl Gustav Jung e trazê-lo para o universo da comunicação.
O que são os arquétipos de marca
De acordo com Jung, existem fenômenos psíquicos no ser humano, que tendem a se moldar. Em outras palavras, são padrões de imagens e símbolos que nós temos em nosso imaginário, herdados por nossos antepassados e que, por sua vez, vão de geração em geração. Segundo o autor, estas imagens podem ser identificadas nas manifestações culturais de diferentes sociedades, não apenas na fala, mas também nos comportamentos.
Jung afirma que os arquétipos são universais. Além disso, afirma que é possível encontrar mais de um deles em uma única pessoa, embora geralmente exista um que se sobressai. Eles nos ajudam a satisfazer algumas de nossas principais necessidades, como por exemplo, a autorrealização, independência e segurança. Por isso, muitas empresas utilizam esse conceito para desenvolver marcas fortes, que oferecem o que os arquétipos do seu público necessitam.
Aplicando os arquétipos na publicidade
Quando você pensa em cachorros, por exemplo, que conceitos vêm em sua mente? É provável que você pense em companheirismo, fidelidade e amizade. Por isso, quando uma marca utiliza a figura de um cachorro em seu logotipo, você associa os conceitos de cachorro a ela de maneira automática. E quando você pensa em carros, o que vem? Velocidade, movimento e potência? Nesse sentido, o mesmo acontece se um carro estiver em um anúncio.
Isso acontece porque as associação fazem parte do nosso inconsciente coletivo. Então, quando ficamos expostos aos arquétipos, alguns hormônios e neurotransmissores são ativados em nosso corpo de maneira inconsciente, causando sentimentos e emoções.
Dessa forma, uma marca pode utilizar os arquétipos para despertar determinadas reações em seu público. Mas, além disso, eles servem para dar personalidade à marca, que pode se relacionar de forma mais próxima e humana com seus clientes – sem parecer fria e impositiva. Assim, se trabalhados de forma coerente com os seus valores e essência, os arquétipos podem ser reconhecidos de maneira inconsciente pelo público e gerar gatilhos.
Os 12 arquétipos de marca
Jung estabeleceu 12 tipos de arquétipos que são dispostos em 4 eixos: independência e autorrealização, pertencimento e grupo, estabilidade e controle, maestria e risco. Assim, cada arquétipo possui um lema, que vai de acordo com suas características. Em seguida, confira o lema, as características principais e as marcas que exemplificam os 12 arquétipos:
O Inocente
Lema: “Somos livres para sermos nós mesmos”
Em que acredita: Consumidores leais, amizade e simplicidade
Marcas que representam: Coca-cola, McDonalds
O Explorador
Lema: “Não levante cercas a minha volta”
Em que acredita: Inquietude, curiosidade, independência e sair do tédio
Marcas que representam: LandRover, Discovery Channel.
O Sábio
Lema: “A verdade libertará você”
Em que acredita: Conhecimento, pensamento crítico e investigação
Marcas que representam: Google, CNN
O Herói
Lema: “Onde há vontade, há um caminho”
Em que acredita: Desafios, dinamismo, coragem e foco
Marcas que representam: Nike, FedEx
O Fora da Lei
Lema: “As regras são feitas para ser quebradas”
Em que acredita: Quebrar tabus, rebeldia e revolucionar
Marcas que representam: Apple, Harley-Davidson
O Mago
Lema: “Tudo pode acontecer”
Em que acredita: Cura, transformação e sabedoria por meio da ciência ou religião
Marcas que representam: Smirnoff, Mastercard
O Cara Comum
Lema: “Todos os homens e mulheres são criados igualmente”
Em que acredita: Conexão com as pessoas, bem como empatia e tranquilidade
Marcas que representam: Dove, Gap
O Amante
Lema: “Só tenho olhos para você”
Em que acredita: Exclusividade, customização, beleza e glamour
Marcas que representam: Chanel, Häagen Daaz
O Bobo da Corte
Lema: “Se eu não puder dançar, não quero fazer parte da sua revolução”
Em que acredita: Alegria e disposição; Além disso, vive uma vida leve e descomplicada
Marcas que representam: Pepsi, Trident
O Criador
Lema: “Se pode ser imaginado, poderá ser criado”
Em que acredita: Procura transformar ideias em algo de valor; busca criatividade
Marcas que representam: Netflix, Lego
O Prestativo
Lema: “Ama o teu próximo como a ti mesmo”
Em que acredita: Generosidade e altruísmo; cuidado com as pessoas
Marcas que representam: Evernote, Buscapé
O Governante
Lema: “O poder não é tudo, é só o que importa”
Em que acredita: Organização e responsabilidade; mas, acima de tudo, quer o comando e o poder sempre
Marcas que representam: Microsoft, Johnnie Walker
Enfim, esses foram os 12 arquétipos de Jung! Então, conseguiu estabelecer uma conexão de algum deles com a sua marca? Fique de olho para mais matérias como essas aqui no blog da Loopa.